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EVIDÊNCIAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

Os cristãos ao longo dos séculos têm sido desafiados a provar sua fé, apresentar as razões em defesa desta fé. (1 Pe. 3:15). Vamos então estudar as evidências que dão apoio à doutrina da inspiração bíblica.

Resumo da reivindicação a favor da inspiração da Bíblia

Explicação bíblica da inspiração

Não devemos confundir a inspiração da Bíblia com a inspiração poética. A inspiração da Bíblia diz respeito à autoridade dada por Deus para a Bíblia.

A palavra que usamos para descrever inspiração significa “soprado por Deus”. É o processo no qual as Escrituras foram revestidas com a autoridade de Deus (2 Tm. 3:16-17).

A inspiração, como processo total, é o fenômeno sobrenatural, no qual homens movidos pelo Espírito Santo registraram mensagens sopradas por Deus.

Existem três elementos neste processo total de inspiração (Aulas 1 e 2):

  • Causa divina – Deus teve desejo de se comunicar com o homem.
  • Mediação profética – Homens movidos pelo espírito Santo registraram essa mensagem vinda de Deus.
  • Autoridade resultante que reveste o documento – A mensagem profética escrita foi revestida de autoridade, vinda de Deus.

A primeira característica da inspiração, por ela ser escrita, é uma inspiração verbal. Os profetas não foram simples robôs usados por Deus, mas cada um, no seu estilo, registrou as palavras dirigidos pelo Espírito Santo.

Outra característica da inspiração é a totalidade desta inspiração, ou seja, a inspiração é plenária, nenhum trecho foge à inspiração divina.

Além disso a inspiração é inerrante, tudo quanto Deus disse é verdadeiro e isento de erros.

A reivindicação da Bíblia quanto à sua inspiração

Não são os cristãos que atribuem à Bíblia inspiração divina, mas sim a própria Bíblia atribui a si mesma esta inspiração (Aulas 3 e 4) .

A reivindicação da inspiração do Antigo Testamento – O Velho Testamento afirma ser um documento com mensagem profética. As profecias que vinham de Deus, foram guardadas nas Escrituras e posteriormente cumpridas. A expressão “Assim diz o Senhor” enche suas páginas. Jesus e os autores do Novo Testamento, atestaram com toda a força e convicção a certeza da inspiração divina do Velho Testamento.

A reivindicação da inspiração do Novo Testamento – Os escritos apostólicos, foram citados, da mesma forma que o Antigo Testamento, sendo divinamente inspirados. Cada livro do Novo Testamento reivindica inspiração divina. Cada escritor do Novo Testamento faz referência aos escritos de outros autores como sendo inspirados. A Igreja Primitiva copiava e guardava estes escritos apostólicos juntamente com o Velho Testamento. Os pais da Igreja Primitiva, os quais eram sábios, mestres ou professores, atestaram a inspiração divina destes escritos. Podemos verificar que desde a fundação da Igreja a Bíblia tem sido reconhecida como a mensagem de Deus para os homens.

Apoio à reivindicação bíblica de inspiração

Durante os séculos os cristãos têm tido duas posturas quanto à inspiração bíblica:

  • Alguns transformaram o cristianismo num sistema totalmente racional
  • Outros afirmam crer justamente por ser “absurdo”

Porém os verdadeiros apologistas (defensores da fé) cristãos têm dado “a razão da esperança que há neles”. (1 Pe. 3:15)

Abaixo estudaremos uma síntese das evidências da doutrina da inspiração.

Evidência interna da inspiração da Bíblia

Há dois tipos de evidências que devemos levar em conta no que diz respeito à inspiração da Bíblia:

  • A que existe dentro da própria Bíblia (Interna).
  • A que surge fora da Bíblia (Externa).

A evidência da autoridade que se auto confirma – A Bíblia diz que  Jesus ensinava com autoridade(Mc. 1:22) e de modo semelhante a expressão contida no Velho Testamento “Assim diz o Senhor”, fala por si mesma. As palavras da Bíblia não precisam ser defendidas, precisam apenas ser ouvidas. Podemos comparar com um leão: a melhor maneira do leão provar sua autoridade é solta-lo da jaula onde está. Da mesma maneira, a Bíblia. Seus ensinos precisam apenas ser expostos, pois a Bíblia fala por si mesma.

A evidência do testemunho do Espírito Santo – Está intimamente relacionada com a autoridade da própria Bíblia.  A Palavra de Deus se confirma na vida do crente pelo Espírito Santo. O mesmo Espirito Santo que moveu homens a registrar as palavras de Deus é o mesmo que nos ilumina a entender a Bíblia. (1 Co. 2:14), é o mesmo Espírito Santo que afirma que a Bíblia é a Palavra de Deus (2 Pe. 1:20-21). Desta forma a Bíblia recebe confirmação do Espírito Santo.

A evidência da capacidade transformadora da Bíblia – Outra evidência interna é a capacidade que a Bíblia tem de edificar, exortar, corrigir e mudar a vida de quem a lê. Assim diz Hebreus : “A Palavra de Deus é viva e eficaz mais penetrante do espada alguma de dois gumes…” (4:12). Muitos têm sido curados pela Palavra. A evidência de que Deus deu autoridade à Bíblia está em seu poder edificante e evangelístico.

A evidência da unidade da Bíblia – A Bíblia foi escrita ao longo de 1500 anos, por cerca de 40 autores. É constituída de 66 livros, escritos em diversas línguas. Não pode ser mero acidente que, dado este contexto, a Bíblia apresenta o mesmo assunto: Jesus Cristo. A Bíblia afirma que existe um problema: o pecado, e uma solução: Jesus Cristo. Este único assunto unifica toda a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse. Seria impossível que alguém tramasse um plano para escrever um livro desta natureza, pois seria como se vários autores escrevessem um capítulo da novela, sem ao menos saber o enredo todo, e no final os capítulos escritos por todos estes autores fizessem algum sentido na mesma estória! O fato da Bíblia ter sido escrita por homens não invalida a autoridade divina e a inspiração a ela atribuída.

Evidência externa da inspiração da Bíblia

A evidência interna se baseia unicamente na experiência do crente, pois alguém que está fora do cristianismo não pode sentir o testemunho do Espírito Santo, ou ouvir a voz de Deus, exceto claro, pela última evidência, que é palpável a todos que examinam a Palavra. ë neste ponto que entra a evidência externa, pois funciona como sinais que conduzem ao “interior” da verdadeira vida cristã.

A evidência baseada na historicidade da Bíblia – Grande parte do conteúdo da Bíblia é história, e por isso mesmo pode ser comprovado. Nos últimos tempos os arqueólogos têm descoberto milhares de objetos que datam dos tempos do Velho Testamento, e nenhuma destas descobertas invalidou quaisquer relatos ou ensinos bíblicos. É bem verdade que nenhuma destas descobertas históricas representam evidência direta de alguma afirmação espiritual feita pela Bíblia. Porém, sua historicidade confere credibilidade às suas declarações e ensinos. Assim como disse Jesus: “Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo. 3:12).

A evidência do testemunho de Cristo – O testemunho de Cristo está relacionado à historicidade dos documentos do Novo Testamento. Estes documentos nos fornecem todo ensino de Cristo, que tinha autoridade para isso. Como já foi provado que Jesus realmente existiu, e um de seus ensinos foi a autoridade e inspiração divinas, logo concluímos que realmente, pelo testemunho de Cristo, a Bíblia é realmente inspirada por Deus. Se alguém realmente achar que isto é falso deverá provar que Jesus não existiu e que Jesus não tinha autoridade.

A evidência da Profecia – Outro testemunho externo de grande força são as profecias cumpridas que a Bíblia registra. Algumas feitas centenas de anos antes de se cumprirem, se concretizaram literalmente. A época do nascimento e morte de Jesus (Dn. 9:25-26). Outras profecias como a da explosão da comunicação e conhecimento (Dn 12:4), a da repatriação de Israel e repovoamento da Palestina (Is. 61:4), estão sendo cumpridas em nossos dias.

A evidência da influência da Bíblia – Nenhum outro livro no mundo, em qualquer que seja a época tem sido mais traduzido. Nenhum outro livro tem exercido tamanha influência sobre o curso dos acontecimentos. Tem influenciado governos, pessoas, entidades, pensamentos. Nenhum outro livro foi, e é objeto de tantos estudos e descobertas. É o livro mais vendido de todos os tempos. Na verdade, nenhuma outra obra religiosa exerce o papel moral que a Bíblia desempenha e nenhuma outra obra apresenta um conceito tão majestoso de Deus e de seu amor.

A evidência da indestrutibilidade da Bíblia – Mesmo com toda a sua influência e importância, ou então por causa disso, a Bíblia tem sido muito atacada em todos os tempos. O imperador Diocleciano tentou destruí-la, porém hoje é o livro mais impresso e vendido do mundo. Ainda hoje historiadores, psicólogos, humanistas têm tentado desautoriza-la, contradizê-la, mas a Bíblia permanece indestrutível. Na idade média era comum queimar Bíblias para que o povo comum não a lesse, mas como comprovamos de nada adiantaram e de nada adiantarão as tentativas para fazer calar o livro vivo, a Palavra de Deus. “Passarão céus e terra, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mc. 13:31)

A evidência vinda da integridade de seus autores humanos – Não existem razões sólidas para não considerarmos os escritores da Bíblia dignos de crédito. Uma vez que eles morreram por causa da fé que abraçaram, morreram acreditando no que haviam escrito, pois tinham dito ter recebido do próprio Deus. Como fazer para não acreditar que mais de quinhentas pessoas haviam visto a Jesus ressurreto que reivindicam a autoridade divina da Bíblia? (1 Co. 15:6). Se alguém crer que estavam todos intoxicados ou padecendo de algum surto psicótico isso viola a própria credulidade e lógica humana. O fato é que eram todos sadios, de reconhecida integridade moral e reivindicam a inspiração divina da Bíblia, não há motivos para não darmos crédito a eles. Isto constitui uma importante evidência da autoridade e inspiração divina da Bíblia.

Estes argumentos podem satisfazer um incrédulo? Estes argumentos são infalíveis? Não claro que não. Pois até um filósofo amador poderia contra argumentar diante destes fatos.

O leitor deve tomar sua decisão. E para aqueles que têm a tendência à indecisão, fica o lembrete do apóstolo Pedro a todos nós : “Senhor, para quem iremos nós? Só tu tens as palavras de vida eterna” (Jo. 6:68). Agora se não crermos que a Bíblia é mesmo inspirada por Deus, a quem nos dirigiremos? É nela que encontramos as palavras de vida eterna.

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A INSPIRAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO

O Novo Testamento reivindica inspiração divina

Temos 2 fatores que comprovam a inspiração divina do Novo Testamento:

  • A promessa de Jesus de que o Espírito Santo guiaria os discípulos a toda verdade.
  • Cumprimento disso no ensino apostólico e nos escritos do Novo Testamento.

A promessa de Jesus a respeito da inspiração

Jesus nunca escreveu um livro. Porém confirmou a autoridade divina do Velho Testamento (Aula passada) e deu promessas sobre a autoridade e inspiração do Novo Testamento.

l A comissão dos doze – Quando Jesus enviou os doze, prometeu a direção do Espírito Santo (Mt. 10:19-20; Lc. 12:11-12). A proclamação que os discípulos fizessem de Jesus, viria do Espírito Santo.

l O envio dos setenta – Esta promessa não se limitava aos Doze. Jesus deu a cada um autoridade dele mesmo (Lc. 10:16)

l O sermão do Monte das Oliveiras – Jesus reafirmou a promessa de que o Espírito Santo falaria por meio dos seus discípulos.(Mc. 13:11)

l Os ensinos durante a última ceia – A promessa da orientação do Espírito Santo fica mais clara aqui (Jo. 14:26). Por isso Jesus não escreveu seus ensinos, pois o Espírito Santo faria com que os seus discípulos se lembrassem de tudo o que Jesus ensinara. E temos também promessa de que o Espírito os guiaria a toda verdade. (Jo. 16:13)

l A grande comissão – Quando Jesus enviou seus discípulos fez-lhes também a promessa de que teriam toda autoridade nos céus e na terra. (Mt. 28:19-20). A palavra dos discípulos seria a Palavra de Deus.

A promessa de Jesus reivindicada pelos discípulos

Os discípulos não se esqueceram da promessa de Cristo. Eles pediram que seus ensinos tivessem a autoridade de Deus para continuarem a realizar o que Jesus realizara.

l A afirmação de estarem dando prosseguimento ao ensino de Jesus – Lucas diz que apresentou um relato exato de tudo quanto Jesus fez e ensinou em  seu evangelho. Em Atos ele dá a entender que Jesus continuou a fazer por meio dos apóstolos. (At. 1:1; Lc. 1:3-4). A Igreja estava baseada no ensino dos apóstolos (At. 2:42). Até os ensinos de Paulo que vinham diretamente de Deus(Gl. 1:11-12), passava pela aprovação dos apóstolos (At. 15). A Igreja foi edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas (Ef. 2:20; 3:5)

l Não existe ensino apostólico nos dias de hoje – O Novo testamento é o único registro autêntico de ensino apostólico que temos. O apóstolo deveria ser testemunha ocular do ministério e ressurreição de Jesus (At. 1:21-22), isso elimina a sucessão apostólica nos dias de hoje que não passaria do século I. O fato de não existir ensino apostólico nos dias de hoje limita todo ensino apostólico ao Novo testamento. Disto temos que apenas o Novo Testamento pode reivindicar para si a natureza de autoridade dos ensinos de Cristo.

l Comparação entre o Novo e o Velho Testamento – Temos, por enquanto, dois indícios da inspiração do Novo testamento:

  • A promessa de Cristo, de que o Espírito Santo inspiraria os apóstolos.
  • Comparação direta com o Velho Testamento.

Paulo reconhecia claramente a autoridade do Velho Testamento (2 Tm. 3:16) – chamou-o “Escrituras”.

Pedro classificou as cartas de Paulo como escrituras, ao lado das demais (2 Pe. 3:16)

Paulo menciona o evangelho de Lucas, chamando-o de Escritura. (1 Tm. 5:18 citando Lc. 10:7)

Hebreus menciona que Deus falara por meio dos profetas, e, neste últimos tempos tem falado pelo Filho(Hb 1:2).

Os livros apostólicos são colocados em igualdade com os livros proféticos. Os escritos apostólicos reivindicam para si a natureza de proféticos.

Em Ap. 22:18-19, João chama seu livro de profecia e se classifica entre os profetas.

Em Ef. 3:3-5 Paulo diz que os escritos proféticos do Novo Testamento revelam o mistério de Cristo predito nos escritos proféticos do Velho Testamento.

l Reivindicação direta de inspiração nos livros do Novo Testamento – No Novo testamento há numerosos indícios de sua autoridade divina. Podem ser implícitos e explícitos.

  • Os evangelhos apresentam-se como registros autorizados do cumprimentos das profecias do Velho Testamento (Mt. 1:22; 2:15-17; Mc. 1:2)
  • Lucas escreveu para que o leitor soubesse dos fatos que se cumpriram (Lc. 1:1-2)
  • João disse que seu testemunho é verdadeiro (Jo. 21:24)
  • Atos se apresenta como registro dos fatos que Jesus continuou a fazer e ensinar por meio dos apóstolos. (At. 1). Também se apresenta como cumprimento de profecia do Velho Testamento(At. 2:16). Como Paulo, citou o evangelho de Lucas como Escritura (1 Tm 5:18), torna-se claro que tanto o apóstolo quanto Lucas consideravam o relato da continuação do Evangelho um texto autorizado.
  • Todas as cartas paulinas reivindicam inspiração divina. Em Romanos, Paulo ainda comprova sua vocação divina para o apostolado(Rm. 1:1-3) e encerra dizendo que se trata de texto profético (Rm. 16:26)
  • Em 2 Co. Paulo defende seu apostolado de forma mais completa do que em qualquer outra carta. (2 Co 10-13)
  • Em Gálatas ele apresenta a mais forte defesa de suas credenciais ao falar sobre a revelação feita a ele (Gl. 1:12)
  • Em Efésios ele declara que tinha recebido a revelação de Deus e a tinha escrito. (Ef. 3:3)
  • Em Filipenses Paulo diz a todos seguirem o modelo apostólico de vida (Fl. 3:17; 4:9)
  • Em Colossenses Paulo diz que seu ofício de apóstolo foi dado diretamente por Deus (Cl. 1:25)
  • Em Tessalonicenses Paulo diz havia dito palavras de Deus e não de homens (1 Ts. 2:13)
  • Na outra carta aos Tessalonicenses, Paulo diz para não se misturar com quem não obedecer às palavras desta carta (2 Ts. 3:14)
  • Em 1ª Timóteo Paulo coloca seus escritos no mesmo nível que o Velho Testamento.(1 Tm. 4:11-13)
  • Em 2ª Timóteo temos o clássico  texto sobre a inspiração das Escrituras (2 Tm 3:16)
  • Hebreus 2:3-4 deixa claro que este livro baseia-se na autoridade de Deus dada aos apóstolos
  • Tiago escreve com autoridade apostólica (Tg. 1:1)
  • A 1ª Carta de Pedro afirma ser do “apóstolo de Jesus Cristo” (1 Pe. 1:1)
  • Em 2ª Pedro diz que o ensino dos apóstolos tem a mesma autoridade que os escritos dos profetas (2 Pe. 3:2)
  • A 1ª Carta de João é de alguém que viu, ouviu ,contemplou a Cristo e tocou em suas mãos (1 Jo. 1:1). Afirma que a comunidade apostólica é vinda de Deus.(1 Jo. 2:19). Segundo e terceira cartas são do mesmo apóstolo, portanto, tem a mesma autoridade.
  • O Apocalipse traz a declaração mais evidente que se trata da inspiração da parte de Deus. (Ap. 1:10-11) , além de conter uma advertência sobre a profanação destas palavras.

Apoio à reivindicação de inspiração do Novo Testamento

Apoio à reivindicação de inspiração dentro do Novo Testamento

A Igreja no século I não aceitou qualquer escrito como sendo inspirado.

  • Jesus advertiu a igreja sobre os falsos mestres que viriam em seu nome.
  • Paulo exortou os tessalonicenses para que não aceitassem determinados escritos como sendo seus. (2 Ts. 2:2)
  • João advertiu com bastante intensidade para não crer em qualquer coisa, mas que provassem se os espíritos vinham de Deus (1 Jo. 4:1)
  • Todo livro sem a assinatura apostólica deveria ser recusado. (2 Ts. 3:17)

l Leitura pública dos livros do Novo Testamento – Como era costume judaico ler as Escrituras aos sábados, a Igreja também adotou este costume no dia do Senhor. A leitura em público dessas cartas é prova da aceitação, deste o início pela Igreja do Novo Testamento, de sua autoridade divina.

  • Persistir em ler, ensinar e exortar (1 Tm. 4:13)
  • As cartas de Paulo deveriam ser lidas entre todos (Cl. 4:16)

l Circulação dos livros do Novo Testamento – O texto acima expõe outro fato importante: a troca de cartas entre as igrejas. É possível também que esta troca tenha dado inicio às primeiras cópias dos escritos do Novo Testamento. Que por serem cópias dos originais eram igualmente aceitos e tidos por inspirados.

l A coleção de livros do Novo Testamento – Os livros que circulavam entre as igrejas também eram possivelmente colecionados, conforme nos indica o apóstolo Pedro. (2 Pe. 3:15-16). Nos parece que ele próprio possuía uma coleção dos escritos de Paulo que ele põe em pé de igualdade com os escritos do Velho Testamento.

l Citação dos livros do Novo Testamento – Os livros do Velho Testamento foram escritos num período de tempo muito maior do que o período de tempo nos qual foram escritos os livros do Novo Testamento. Por isso há mais citações do Velho testamento do que ao Novo. Porém alguns autores sagrados citam outros, apoiando assim a autoridade divina daqueles escritos.

  • Judas cita com clareza 2 Pe. 3:2-3 em Jd. 18
  • Lucas faz referência à sua obra anterior (At. 1:1)
  • João faz alusão ao seu próprio evangelho. (1 Jo 1:1)
  • Paulo ainda menciona uma outra carta que ele havia escrito aos Coríntios (1 Co. 5:9)

Ainda que estes exemplos não nos forneçam citações formais, ajudam a ilustrar que os autores sagrados reconheciam os escritos uns dos outros como tendo autoridade divina.

Apoio à reivindicação de inspiração dentro da Igreja Primitiva

l Os primeiros pais da Igreja – Todos os autores do Novo testamento são mencionados pelos patriarcas da igreja primitiva que viveram até duas gerações após o Novo Testamento ser escrito, isto é, até por volta do ano de 150 d.C. Estes patriarcas da igreja representam o vínculo ininterrupto desde o tempo dos apóstolos, passando pela fundação da Igreja até os dias de hoje.

Os escritos mais antigos do Cristianismo fazem menção aos escritos apostólicos. Muitas destas citações são semelhantes às encontradas no Novo Testamento quando fazem citações relativas ao Velho Testamento.

  • Epístola de Barnabé (Autor desconhecido – 70 – 130 d.C.) – Cita o evangelho de Mateus como “Escritura”
  • Epístola aos Coríntios (Clemente de Roma – 95-97 d.C.) – chama os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) de Escrituras. Cita também passagens do Velho Testamento, cartas de Paulo e palavras de Jesus.
  • Inácio de Antioquia (110 d.C.) – Escreveu sete cartas (Epístola a Policarpo de Esmirna, Epístola aos Efésios, Epístola aos Esmirniotas, Epístola aos Filadélfos, Epístola aos Magnésios, Epístola aos Romanos, Epístola aos Tralianos) nas quais faz inúmeras citações ao Novo Testamento.
  • Policarpo (110-116 d.C.) – foi discípulo do apóstolo João, fez muitas citações dos Livros do Novo Testamento em sua Epístola aos Filipenses. Ele é um importante elo entre a Igreja recém nascida no século I com a Igreja no segundo século da era cristã.
  • O Pastor (Hermas 115 – 140 d.C.) Escrita em estilo de visões, como o Apocalipse, faz inúmeras referências ao Novo Testamento.
  • Didaquê (100-120 d.C.) – Importante obra do primeiro século quanto aos valores teológicos. A Didaquê cita diretamente ou faz menção indireta a diversos livros do novo testamento: sendo Mateus, Lucas, I Epístola aos Coríntios, Hebreus, I Epístola da Pedro, Atos dos Apóstolos, Romanos, Efésios, Carta aos Tessalonicenses e Apocalipse.
  • Epístola a Diogneto (150 d.C.) – faz muitas alusões ao Novo Testamento sem um título.

Com tudo isto vemos que os escritos dos pais da Igreja (Patrística) fizeram amplo uso do Novo Testamento, que à semelhança do Velho, era tido como inspirado por Deus.

l Pais da Igreja de época posterior – A partir da segunda metade do século II, ainda encontramos forte apoio para a reivindicação da autoridade divina do Novo Testamento.

  • Justino Mártir – Grande escritor e defensor cristão do século II, considerava os evangelhos (ele os chamava de Memórias dos Apóstolos, pois provavelmente ainda não conhecia a divisão em 4 evnagelhos distintos) como a voz de Deus.
  • Taciano, discipulo de Justino, cita Jo. 1:5 como Escritura.
  • Irineu, que havia conhecido Policarpo, afirma claramente a divisão em quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), fazendo numerosas citações desses evangelhos, únicos evangelhos reconhecidos como autênticos e lidos na Igreja.
  • Clemente de Alexandria  – classifica tanto o Velho como o Novo Testamento sendo inspirados por Deus, com a mesma autoridade divina.
  • Orígenes (185-254 d.C.), discípulo de Clemente de Alexandria – professor da escola em Alexandria, teólogo e escritor cristão com mais de 600 obras. Entre os seus numerosos comentários bíblicos devem ser realçados: “Comentário ao Evangelho de Mateus”; “Comentário ao Evangelho de João”.  Algumas de suas obras trazem escritas : “não ensinada pelos Apóstolos e não sustentada pela Escritura”. ( “Comentário ao Evangelho de Mateus” XIII, 1, 46–53).

Como vimos havia amplo apoio dos pensadores e teólogos da Igreja Primitiva do século II com relação à autoridade do Novo Testamento.

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A INSPIRAÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO

A reivindicação do Antigo Testamento a favor de sua inspiração

O Antigo Testamento toma para si a inspiração divina, com base no fato de se apresentar perante o povo de Deus e ser por este povo recebido como um pronunciamento profético.

Estes textos eram conservados em lugares sagrados:

  • Arca de Deus (Dt. 10:2)
  • Tabernáculo (Dt. 6:2)

O grande segredo da inspiração do Velho Testamento está na função profética de seus escritores.

O Velho Testamento na qualidade de texto profético

O profeta era porta-voz de Deus. As funções do profeta ficam evidentes nas várias menções que se fazem dele.

  • Homem de Deus (1 Rs 12:22) –  Mostra que foi escolhido por Deus.
  • Servo do Senhor (1 Rs 14:18) – Mostra sua ocupação.
  • Mensageiro do Senhor (Is. 42:19) – Mostra sua missão a serviço de Deus.
  • Vidente (Is. 30:10; 1Cr. 29:29) – Mostra a fonte apocalíptica de sua verdade.
  • Homem do Espírito (Os. 9:7) – Mostra quem o levava a falar.
  • Atalaia (Ez. 3:17) – Mostra a prontidão em realizar a obra.

E acima de todas estas, se sobressai a de “Profeta”, ou seja, o porta-voz de Deus.

Em razão do chamado os profetas assumiam várias posturas:

  • Amós – “Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” (Am 3:8)
  • Arão – Deveria falar “todas as palavras que o Senhor Deus havia dito a Moisés” (Ex. 4:30)

Desta forma, os profetas deveriam falar apenas o que Deus lhes ordenasse. (Dt. 18:18)

Além disso: “Nada acrescentareis ao que vos ordeno, e nada diminuireis” (Dt. 4:2)

Os falsos profetas  eram identificados por suas profecias falsas e pela falta de confirmação miraculosa.

“Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e o que ele disse não se cumprir, essa palavra não procede do Senhor.” (Dt. 18:22).

Sempre que um profeta era colocado sob suspeita, se o mesmo tivesse o respaldo de Deus, o Senhor deixava bem claro, por meio de milagres, a confirmação do chamado:

  • Moisés – A terra se abriu e engoliu Coré e os demais que contestaram sua vocação (Nm. 26:10)
  • Elias – Foi exaltado perante os profetas de baal (1 Rs. 18:38)

Há várias maneiras de comprovarmos que as passagens do Velho Testamento eram consideradas declarações proféticas.

As declarações proféticas eram escritas – Muitas das declarações proféticas eram transmitidas oralmente. Porém, aqui nos interessa o fato de que muitas foram registradas, e estes escritos são considerados como palavras do próprio Deus. não há a menor dúvida de que as palavras escritas de Moisés foram consideradas de autoridade divina. “Não se aparte da tua boca o livro desta lei.” (Js 1:8). Josué, sucessor de Moisés, também “escreveu estas palavras no livro da lei de Deus” (Js 24:26). Quando o rei queimou o primeiro rolo com a mensagem que Jeremias havia escrito, Deus ordenou que ele escrevesse novamente em outro rolo as mesmas coisas que estavam no primeiro. (Jr. 36:28). Isaías recebeu a ordem de tomar uma grande pedra e escrever nele (Is. 8:1). Habacuque recebeu a a incumbência de fazer o primeiro outdoor da história: “Escreve a visão, torná-a bem legível sobre tábuas, para que aquele que a ler, corra com ela.” (Hc. 2:2).

Os profetas posteriores usavam os escritos dos profetas anteriores considerando-os como palavra de Deus escrita. Daniel, por exemplo, soube que o cativeiro babilônico do povo estava chegando ao fim consultando os escritos de Jeremias. “Eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos , de que falou o Senhor ao profeta ao profeta Jeremias…”(Dn. 9:2)

Os escritores do Velho Testamento eram profetas – Todos os autores do Velho Testamento eram denominados profetas, seja como um título, seja como função.

  • Amós – Am. 7:14-15
  • Davi, que era rei, testificou – 2 Sm. 23:2. O Novo testamento o denomina profeta – (At. 2:30)
  • Salomão – teve visões de Deus – 1 Rs. 11:9. De acordo com Números  12:6 as visões eram um meio comum para Deus mostrar ao povo quem eram seus profetas.
  • Daniel – Apesar de estadista, o próprio Senhor Jesus o denominou profeta. (Mt 24:15)
  • Moisés – legislador, foi denominado profeta ainda no Velho Testamento (Dt. 18:15; Os. 12:13)
  • Josué, sucessor de Moisés –  era considerado profeta de Deus (Dt. 34:9)
  • Samuel, Natã e gade foram profetas que escreveram da mesma forma que Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores.

Manteve-se um registro oficial dos escritos proféticos – Houve uma continuidade dos escritos proféticos, e cada novo profeta que registrava as palavras de Deus juntava seus escritos aos escritos anteriores.

  • Moisés guardou seus livros ao lado da arca.
  • Josué acrescentou seu livro à compilação já existente. (Js. 24:26)
  • Samuel fez o mesmo, acrescentou suas palavras à compilação profética, pois a seu respeito está escrito: “E escreveu-o num livro e o pôs perante o Senhor” (1 Sm. 10:25)
  • Samuel fundou uma escola de profetas (1 Sm. 19:20)
  • A história de Davi foi escrita pelos profetas Samuel, Natã e Gade (1 Cr. 29:29)
  • A história de Salomão foi escrita por Natã, Aías e Ido (2 Cr. 9:29)
  • O mesmo aconteceu com os reis Roboão, Josafá, Ezequias, Manassés e outros reis (2 Cr. 9:29; 12:15; 13:22; 20:34; 33:19; 35:27).

De acordo com Ezequiel havia um registro oficial dos verdadeiros profetas de Deus. todo aquele que transmitisse falsas profecias era excluído do rol oficial. (Ez. 13:9)

Desde os tempos mais antigos todos os 39 livros do velho Testamento já formavam o acervo de escritos proféticos e portanto inspirados por Deus.

Reivindicações específicas do Antigo testamento a favor da sua inspiração

A inspiração da Bíblia não se baseia apenas na análise genérica dessa parte da Bíblia como escrito profético. Vamos examinar cada uma das partes que compõem o Velho Testamento, segundo sua forma mais antiga: Lei, Profetas e Escritos.

A inspiração da lei de Moisés – De acordo com Êxodo 20:1 – “Então falou Deus todas essas palavras…”. Esta narrativa de que Deus falou se repete por dezenas de vezes em Levítico (Lv. 1:1; 8:9; 11:1). O livro de Números registra incontáveis vezes “…o Senhor falou a Moisés…” (Nm. 1:1; 2:1; 4:1). Deuteronômio acrescenta: “…falou Moisés aos filhos de Israel, conforme tudo o que o Senhor lhe ordenara a respeito deles” (Dt. 1:3). O restante do velho Testamento declara ser os escritos de Moisés dados pelo próprio Deus.

  • Josué impôs imediatamente os livros da lei ao povo de Israel. (Js 1:8)
  • Juízes refere-se aos escritos de  Moisés como “Mandamentos do Senhor” (Jz 3:4)
  • Em Crônicas, os registros de Moisés são tidos por “livro da lei do Senhor, dada por intermédio de Moisés” (2 Cr. 34:14)
  • Até mesmo em Esdras e Neemias há o reconhecimento da lei de Deus dada a Moisés (Ed. 6:18; Ne 13:1)

A inspiração dos profetas – Também os profetas trazem para si a autoridade divina. “Josué escreveu estas palavras no livro da lei de Deus” (Js. 24:26). Deus falou aos homens em Juízes (1:1-2; 6:25) e em Samuel (3:11). A famosa expressão “Assim diz o Senhor” está registrada muitas e muitas vezes. Sob o aspecto cronológico o velho testamento termina nesta seção não havendo não havendo testemunhos posteriores no Velho Testamento sobre a inspiração desta parta da Bíblia. Porém alguns profetas reconheceram a autoridade de outros profetas em seus escritos anteriores.

  • Daniel considerou o livro de Jeremias inspirado (Dn 9:2)
  • Esdras reconheceu a autoridade divina de Jeremias (Ed 1:1), bem como Ageu e Zacarias (Ed. 5:1)

Zacarias refere-se aos escritos de Moisés como inspiração divina, dizendo que eram “palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito mediante os profetas que nos precederam” (Zc. 7:12)

Estes versículos eliminam toda dúvida que de os escritos que estão na seção de Profetas das Escrituras judaicas de que sejam ou não de inspiração divina.

A inspiração dos escritos – Provavelmente o Velho Testamento original tivesse apenas duas divisões: a lei e os profetas. Esta última seção seria provavelmente mais tarde dividida em profetas e escritos. talvez a divisão fosse feita levando-se em conta o profeta por ocupação ou simplesmente pelo dom divino. os que se enquadrassem em profetas pelo dom divino os escritos seriam colocados na seção de escritos. Salmos, o primeiro livro dessa coleção, fora escrito em grande parte por Davi, que declarou que os Salmos tinham sido ditados por Deus palavra por palavra, pelo Espírito (2 Sm. 23:2). cântico dos cânticos, Provérbios e Eclesiastes, atribuídos a Salomão, seriam o registro da sabedoria que Deus mesmo havia lhe dado (1 Rs. 3:9-10). Eclesiastes e Jó se encerram com uma declaração de serem ensino autorizado. O livro de Daniel se baseia em grande parte em visões vindas de Deus.

Alguns livros não tomam para si a condição de inspirados:

  • Rute – Se foi escrito por Samuel, logo é inspirado pois Samuel foi profeta.
  • Ester – narrativa genuinamente judaica, serve de base para a tradicional festa de Purim, comemorada até hoje entre o povo judeu. Autoridade divina implícita. Podemos ver a mão de Deus agindo em secreto durante o desenrolar da história. Embora não sendo citado diretamente por nenhum outro profeta, harmoniza-se perfeitamente com o restante das Escrituras reconhecidamente inspiradas.
  • Cântico dos cânticos – obra derivada da sabedoria de Deus concedida a Salomão, logo inspirado.
  • Lamentações – escrito por Jeremias, logo por associação direta é inspirado
  • Esdras
  • Neemias
  • Crônicas

Esdras, Neemias e Crônicas são atribuídos, segundo a tradição judaica, a Esdras e Neemias, portanto implicitamente inspirados.

Apoio do Novo testamento à inspiração feita pelo Antigo Testamento

Veremos 3 formas de abordagem que o Novo Testamento faz sobre o ensino da autoridade divina do Velho Testamento:

  • Inspiração do Velho Testamento como um todo.
  • Por suas partes ou seções
  • Por livros específicos

Referências do Novo Testamento à inspiração do Antigo Testamento como um todo

O Novo Testamento reconhece de muitas maneiras a inspiração do Velho Testamento:

l Escrituras – é o termo mais empregado no Novo testamento para fazer referência ao Velho Testamento.:

  • Toda escritura é divinamente inspirada (2 Tm. 3:16)
  • Disse Jesus: “A Escritura não pode ser anulada” (Jo 10:35)
  • Jesus respondendo aos fariseus: “Nunca lestes nas Escrituras?” (Mt. 21:42) e “Errais por não conhecer as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt. 22:29)

l Palavra de Deus – é a expressão menos comum, porém é a referência mais forte que temos de que o Velho Testamento é realmente a Palavra de Deus.

  • Jesus acusou os fariseus de invalidar a Palavra de Deus (Mc. 7:13)
  • Paulo argumentou: “Não que a Palavra de Deus haja falhado” (Rm 9:6)
  • Em Hebreus temos: “A Palavra de Deus é viva e eficaz” (Hb. 4:12)

l Lei – em geral se aplica aos cinco primeiros livros da Bíblia (Pentateuco – Lei de Moisés). porém em alguns casos há uma abrangência maior.

  • João 10:34 – Visto que esta citação está no livro de Salmos, fica bem claro que não se refere à lei de Moisés, mas sim abrangendo todo Velho Testamento.

l Lei e os profetas – ou “Moisés e os profetas” é o segundo título mais usado para designar o velho Testamento com um todo.

  • Jesus a usou duas vezes em seu famoso sermão (Mt. 5:17; 7:12)
  • Paulo, em sua defesa diante de Félix, disse que a lei e os profetas eram a regra que ele se guiava como judeu devoto. (At. 24:14)
  • Eram lidos nas sinagogas – (At. 13:15)

l Profetas  – Lc. 24:25-27 – faz clara referência a um grupo de livros, indicando o Velho Testamento como todo, visto todos os seus autores serem profetas.

l Oráculos de Deus – Hb. 5:12 – Portanto, a palavra escrita do Velho Testamento é a Palavra de Deus.

l Está escrito – Se encontra mais de noventa vezes no Novo Testamento.

  • Lc. 18:31
  • Lc. 21:21

Prediziam a respeito de Cristo e era inevitável que se cumprisse.

l Para que se cumprissem as escrituras –  esta expressão também é encontrada com muita frequência no Novo Testamento, ratificando que o Velho Testamento, como Palavra de Deus, se cumpre realmente.

  • Lc. 24:44
  • Mt. 5:17

Referências do Novo Testamento a seções específicas do Antigo Testamento

l Lei e os profetas – Referem-se à divisão do Velho Testamento em duas partes.

  • Lc. 16:16 – Indica todos os escritos inspirados desde Moisés até Jesus. Este versículo trata de modo separado o Velho testamento, diferentemente das referências citadas acima.

l Lei – Em geral designa apenas os cinco primeiros livros da Bíblia, como ocorre em Mt. 12:5. Em outra passagens são chamadas apenas de “Moisés” (2 Co. 3:15) , “os livros de Moisés” (Mc. 12:26) ou “livros da lei” (Gl. 3:10)

l Os profetas –  Em geral identifica a segunda metade do Velho Testamento original. (Jo. 1:45; Lc. 18:31). emprega-se também as expressões: “escrituras dos profetas” (Mt. 26:56) e “o livro dos profetas” (At. 7:42)

l Os escritos –  Não é um termo Neotestamentário. Trata-se de um termo não-bíblico para dividir os escritos proféticos em duas partes: os escritos feitos pelos profetas “profissionais”  (Os profetas) e por outros tipos de profetas (Os escritos). Existe apenas uma alusão à divisão em 3 partes do Velho Testamento  no Novo Testamento.

  • Lc. 24:44 – Moisés, Profetas e Salmos –  Não fica claro se a referência é em virtude do significado messiânico de alguns Salmos, como parte da “lei” e dos “profetas”, ou então em referência ao primeiro livro da seção “Os Escritos” da Tanak.

Referências do Novo Testamento a livros específicos do Antigo Testamento

Dos 22 livros do cânon judaico mencionados por Josefo (historiador judeu), 18 são citados como autorizados no Novo testamento.

Não se encontram menções diretas a:

  • Juízes – Crônicas – Ester – Cântico dos cânticos. Porém encontramos referências a acontecimentos do livro de Juízes (Hb 11:32) e de Crônicas (Mt. 23:35; 2Cr. 24:20)
  • Pode haver uma citação ao Cântico dos cânticos 4:15 na referência que Jesus faz das águas vivas (Jo. 4:10), mas esta citação não apoia a autoridade do livro.
  • Referência ao livro de Ester por causa da Festa de Purim mencionada em João 5:1, ou ainda Ap. 11:10 e Ester 9:22, mas também não podem ser consideradas como apoio à inspiração. A autoridade divina nestes livros pode ser comprovada de outras formas, como veremos em aulas posteriores.

Quase todos os outros 18 livros do cânon hebraico são citados como autoridade no Novo Testamento.

  • A criação é citada por Jesus (Mt. 19:4-5)
  • O quinto mandamento em Ex. 20:12 é citado em Ef. 6:1, como Escritura.
  • A lei da purificação dos leprosos em Lv. 14:2-32 é citada em Mt. 8:4
  • Números é citado indiretamente, pois em 1 Co. 10 há referência de fatos acontecidos naquele livro.
  • Hb. 3:5 cita a fidelidade de Moisés em Nm. 12:7
  • Deuteronômio é citado por Jesus duas vezes em sua tentação (Mt. 4:4 e 4:7; Dt. 8:3 e 6:16)
  • Josué recebeu a promessa de Deus em Js. 1:5 a qual; é citada em Hb. 13:5
  • A resposta de Deus a Elias em 1 Rs. 19:18 é citada em Rm. 11:4
  • A autoridade de Jó (5:12) é demonstrada em  1 Co. 3:19
  • Salmos era um dos preferidos de Jesus, compare Mt. 21:42 com Sl. 118:22
  • Provérbios 3:34 é citado com toda clareza em em Tg. 4:6
  • O amor ao dinheiro como sendo a raiz de todos os males 1 Tm. 6:10 e Ec. 5:10
  • Não devemos multiplicar palavras vãs em nossas orações Mt. 6:7 e Ec. 5:2
  • Isaías é outro autor bastante citado: compare Is. 40:3 com Mateus 3:3. Jesus leu Is. 61:1-2 (Lc. 4:18-19). paulo citava Isaías com frequência: Rm. 9:27; At. 28:25-28
  • Jeremias 31:15 é citado em Mt. 2:17-18
  • Lamentações 3:30 é citado em Mt. 27:30
  • Ezequiel é citado várias vezes no Novo Testamento, ainda que nenhuma delas seja literal.
  • Os doze profetas menores foram agrupados na Bíblia hebraica. Há muitas citações deste grupo no NT
  • A famosa expressão de Hc. 2:4 “O justo viverá da fé” é citada em Rm 1:17; Gl. 3:11; Hb. 10:38

Diante disso apenas Juízes – Rute – Crônicas – Ester – Cântico dos cânticos deixam de ser mencionados com clareza no NT. Porém:

  • Juízes apresenta fatos históricos que o NT faz menção com sendo autênticos(Hb. 11:32)
  • Talvez Jesus tinha Crônicas em mente quando faz alusão ao sangue de Zacarias em Mt. 23:35

Disto restam apenas Ester e Cânticos dos cânticos sem referência implícita ou explícita no NT. Porém Ester é o livro básico da Festa de Purim, comemorado até hoje. E Cânticos dos cânticos  era sempre lido na festa da páscoa dos judeus, tal era a estima que lhe prestavam.

O NT dá apoio à autoridade que o VT reivindica para si como autoridade divina. Além disso muitos outros ensino do VT estão explícitos no NT, a saber:

  • Criação de Adão e Eva (Mt. 19:4)
  • Dilúvio no tempo de Noé (Lc. 17:27)
  • Milagres de Elias (Lc. 4:24-25)
  • Jonas no ventre do grande peixe (Mt. 12:41)

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NATUREZA DA INSPIRAÇÃO

 

Teorias a respeito da inspiração

Existem 3 correntes teológicas sobre a inspiração da Bíblia. Iremos examinar cada uma delas, porém nem todas estão de acordo com a própria Bíblia. São elas:

Ortodoxia: a Bíblia é a palavra de Deus.

Modernismo: a Bíblia contém a palavra de Deus.

Neo-ortodoxia: a Bíblia torna-se a palavra de Deus.

Ortodoxia

Foi por 18 séculos defendida por todos os teólogos.

Os pais da Igreja sempre ensinaram que a Bíblia é a palavra escrita de Deus e que foi inspirada verbalmente, ou seja, é o registro escrito por inspiração de Deus.

Esta linha de pensamento ainda se divide em duas correntes:

Ditado verbal – Deus mesmo inspirou cada palavra da Bíblia. Porém descarta-se a idéia de que o escritor tenha sido meramente um “secretário”. Ou seja, Deus ditou sua palavra a cada escritor, porém, manteve-se a personalidade de cada escritor individualmente. Desta maneira temos estilos diferentes na Bíblia, mas toda ela é obra da mesma inspiração Divina. Deus ditou sua palavra mediante a personalidade  do autor humano.

Conceitos inspirados – Deus deu a cada autor a inspiração dos conceitos que deveriam ser escritos e não palavra por palavra. Assim, desta forma, cada autor estaria livre para expressar em termos humanos, cada um em seu estilo, aquilo que Deus revelou a cada um.

Modernismo

Ensinam que algumas partes da Bíblia são inspiradas e outras não. Certas partes podem conter erros e são fruto apenas da expiência humana e contém lendas, mitos e fatos relativos à sua época de escrita. Inclusive falsas crenças relacionadas à ciência.

Só as verdades divinas incluídas nessa mistura de ignorância antiga e erro grosseiro, é que de fato, teriam sido inspiradas por Deus.

Conceito de iluminação – As partes inspiradas da Bíblia resultam de uma profunda percepção religiosa que Deus teria concedido a alguns homens piedosos. Daí então houve o registro desta percepção dada por Deus com conceitos humanos e errôneos da época.

Conceito de intuição – Na outra extremidade da visão modernista estão aqueles que atribuem apenas à intuição humana o registro bíblico. Ou seja, não há nenhum elemnto divino na composição da Bíblia. A Bíblia passa a ser somente um registro das lendas, fatos e folclore do povo judeu dentro de sua época. Não descartam o elevado padrão moral e algum cunho religioso, mas as percepções espirituais são puramente naturalistas, ou seja, aconteceram sem a intervenção divina.

Neo-ortodoxia

Surgiu no início do século, como uma tentativa dos homens a se voltarem novamente para a palavra como fonte de revelação de Deus aos homens. Afirmam que Deus fala aos homens mediante a Bíblia, porém, dizem que a Bíblia torna-se a palavra de Deus quando há um encontro pessoal entre o homem e Deus.

Assim como as outras duas correntes teológicas, esta também se divide em dois grupos principais:

Visão demitizante – Dizem que a Bíblia foi escrita em linguagem mitológica, em seu tempo, que hoje não se aplica mais. A tarefa do cristão moderno é demitizar, ou seja, tirar todas as lendas e mitos e descobrir o qual é o conhecimento real aplicável. Desta forma, a Bíblia torna-se a palavra Deus. A Bíblia, em si mesma, não é a revelação alguma. Apenas quando conseguimos extrair o verdadeiro significado é que ela se torna a palavra de Deus.

Encontro pessoal – Reconhecem que existem imperfeições nos relatos bíblicos, porém afirmam ser, a Bíblia, a fonte da revelação de Deus aos homens. Assim como um cão consegue reconhecer a voz de seu dono numa gravação imperfeita numa fita cassete, o homem consegue, mesmo com estas imperfeições, reconhecer a voz de Deus impressa nas Escrituras.  Assim, a Bíblia deixa de ser a revelação direta de Deus, passando a ser meramente um registro de Deus a homens de Deus do passado. Toda vez que o homem moderno lê a Bíblia, esta torna-se a palavra de Deus para nós. Em oposição aos ortodoxos, a Bíblia não é um registro inspirado de Deus, mas sim escritos imperfeitos, que constituem o testemunho singular de Deus.

O ensino da própria Bíblia sobre a inspiração

Na aula anterior vimos dois textos que nos ensinam sobre a inspiração da Bíblia.

  • 2 Tm 3:16
  • 2 Pe 1:21

A Bíblia declara ser um livro dotado de autoridade divina, resultante de um processo pelo qual homens movidos pelo Espírito Santo escreveram textos inspirados por Deus.

A inspiração é verbalA Bíblia toma para si mesma a qualidade de inspiração verbal. Texto clássico: 2 Tm 3:16.  Declara que as graphā (textos) são inspiradas.

  • “Moisés escreveu todas as palavras do Senhor…” (Ex. 24:4)
  • O Senhor ordenou a Isaías que escrevesse num livro a mensagem eterna de Deus. (Is. 30:8)
  • Davi confessou: “O Espírito do Senhor fala por mim, e a sua palavra está na minha boca.” (2Sm. 23:2)
  • Era a palavra do Senhor que chegava até aos profetas no Antigo Testamento.
  • Jeremias recebeu esta ordem: “…não te esqueças de nenhuma palavra…”(Jr. 26:2)
  • Jesus e os apóstolos corroboraram a inspiração verbal sempre citando a expressão: “…está escrito…” (Mt 4:4,7; Lc 24:27,44)
  • O apóstolo Paulo afirmou : “…falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina…” (1 Co. 2:13)
  • João nos adverte a não “tirar  quaisquer palavras do livro desta profecia.” (Ap. 22:19).
  • Jesus enfatizou até mesmo os menores sinais ortográficos de uma palavra hebraica:  “Em verdade vos digo que até que a terra e o céu passem, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.” (Mt 5:18)
  • Pedro afirmou a inspiração de seus escritos com os de outros apóstolos (2 Pedro 3:1,2,15,16).

Portanto, vemos que fica bem clara a idéia de que a Bíblia reinvidica para si toda autoridade verbal e escrita.

A inspiração é plena A Bíblia toma para si a qualidade de ser totalmente inspirada por Deus, de capa a capa.

  • Toda a escritura é divinamente inspirada…” (2 Tm. 3:16).
  • Nenhuma parte da Bíblia deixou de receber autoridade doutrinária. Paulo foi além ao declarar ainda: “…tudo o que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito…” (Rm 15:4).

Jesus e todos os autores no NT deixaram bem claro que todos os escritos  do VT foram divinamente inspirados e citaram vários trechos, para reforçar a autoridade das Escrituras. Até os ensinos mais polêmicos como a criação de Adão e Eva, o dilúvio, Jonas e o grande peixe são mencionados por Jesus, deixando bem clara a autoridade deles.

A inspiração plena abrange também conceitos científicos:

  • A Terra é circular, memso quando os homens não acreditavam nisso. (Is 40:22).
  • Ensinou o ciclo hidrológico antes que pudesse ser estudado pela ciência (Sl. 104:5-13).

A inspiração atribui autoridadeA inspiração concede autoridade insdiscutível ao texto.

Disse Jesus: “… a Escritura não pode ser anulada…” (Jo 10:35).

Em diversas ocosiões Jesus recorreu à palavra de Deus escrita, que Ele considerava juiz nas questões de fé e de prática.

  • Para purificar o templo – Mc. 11:17
  • Pôr em cheque a tradição dos fariseus – Mt. 15:3-4
  • Para resolver divergências doutrinárias – Mt 22:29
  • Para confrontar Satanás – Mt 4:4,7,10

Encontramos total autoridade das Escrituras em outra declaração de Jesus: “É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da lei.” (Lc. 16:17)

Implicações da doutrina bíblica da inspiração

Existem algumas coisas, que embora não estando explicitamente apresentados na doutrina da inspiração, acham-se implícitos. Vamos verificar 3 deles:

A inspiração diz respeito igualmente ao VT e NT

A maioria das passagens citadas acima explicitamente se referem a textos do VT.  Com base em que podemos afirmar que o NT também faz parte das Escrituras?

  • O NT, assim como o VT, reinvida ser também Escritura Sagrada, e toda Escritura é divinamente inspirada.
  • 2 Tm 3:16 – A referência explícita aqui é ao VT. Porém sendo o NT parte das Escrituras, logo a referência está implícita ao NT.
  • Pedro diz em 2 Pe 3:16 que os escritos de Paulo fazem parte das Escrituras do VT.
  • Paulo cita em 1 Tm 5:18 o Evangelho de Lucas(10:7) como Escritura.

Como nem Paulo, nem Lucas fizeram parte do apostolado original, e seus escritos estão classificados como Escritura, por implicação direta podemos considerar o restante do NT, escrito pelos apóstolos, como sendo Escritura Sagrada.

Se todo NT é Escritura Sagrada, e toda Escritura é divinamente inspirada, temos então que o NT também é inspirado por Deus.

Na verdade, os primeiros cristãos consideravam os escritos dos apóstolos como tendo autoridade de Deus.

De acordo com 1 Pe 1:20-21, todas as mensagens escritas de natureza profética foram dadas ou inspiradas por Deus. Visto que o NT reinvidica a natureza de escrito profético, segue-se que reclama a mesma autoridade dos escritos proféticos do VT.

João, por exemplo, cita em Ap. 22:18 “…palavras da profecia deste livro.”

Paulo afirmou que a Igreja está fundamentada sobre o alicerce dos apóstolos e profetas do NT – Ef. 2:20; 3:5

A inspiração engloba uma variedade de fontes e gêneros literários

A Bíblia não foi ditada palavra por palavra no sentido comum que se atribui ao verbo ditar. Na verdade, há certos trechos que Deus deu diretamente ao homem, assim como os Dez mandamentos (Dt. 4:10). Os escritores da Bíblia eram compositores, não meros secretários.

Podemos identificar diversos estilos na Bíblia:

  • As poderosas expressões de Isaías e os tons de lamúria de Jeremias
  • Construção literária complexa de Hebreus e o estilo simples de João.
  • Linguagem técnica de Lucas com imagens pastorais de Tiago.

A Bíblia faz uso de documentos não-bíblicos, assim como:

  • Livro de Jasar (Js. 10:13; 2 Sm 1:18)
  • Poeta Epimenedes (At. 17:28)
  • Alguns provérbios de Salomão foram editados pelos homens de Ezequias (Pv. 25:1)
  • Lucas diz que usou muitas fontes escritas na composição de seu evangelho (Lc. 1:1-4)

A Bíblia contém muitos gêneros literários

  • Poesia (Jó, Salmos, Provérbios)
  • Os evangelhos contém muitas parábolas.
  • Jesus empregava a sátira (Mt. 19:24).
  • Paulo usou alegorias (Gl 4) e hipérboles (Cl. 1:23)

A Bíblia usa linguagem comum do dia-a-dia e não linguagem científica. Porém, isso não quer dizer que haja  negação da ciência, mas antes, usavam palavras simples para descrever eventos científicos.

Não é anticientífico afirmar que sol permaneceu parado (Js 10:12) do que dizer que o sol nasceu ou subiu (Js 1:15). Dizer que a rainha de Sabá veio dos confins da Terra ou que as pessoas no pentecostes vieram de todas as nações debaixo do céu, não é dizer coisas com exatidão científica. Os autores usaram formas comuns para escrever as situações.

A Bíblia foi escrita usando-se a personalidade de cada escritor e respeitando cada tempo histórico no qual foi escrito.

A inspiração pressupõe inerrância

A Bíblia, devido à sua inspiração divina é também inerrante. Deus não pode cometer erro, ou mentir. Por isso, sua Palavra é a verdade e tudo quanto está na Bíblia, sendo as próprias palavras de Deus, é isento de erro.

A Bíblia não é um livro de ciências, mas sempre que a Bíblia trata de algum assunto científico, o faz sem cometer erro.

A Bíblia não é um livro de História, porém, sempre que a História secular se cruza com a história bíblica, este referência é isenta de erros.

A Bíblia, apesar de ter sido escrita por autores humanos, é isenta de erros relativos à condição pecaminosa do homem. Não há distorção ou falsidade na Palavra por conta disso.

Se a Bíblia não estivesse correta quanto aos assuntos que podemos claramente comprovar, como poderíamos crer nela quando se tratasse dos assuntos espirituais, nos quais não podemos comprovar por nenhuma tese humana?

Como disse Jesus a Nicodemos: “Se vos falei de coisas terrrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo 3:12)

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